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PF vê organização criminosa e busca colaboração do pai de Cid

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A Polícia Federal vê indícios suficientes para enquadrar integrantes do núcleo bolsonarista no crime de organização criminosa no caso das joias, e já trabalha com a colaboração do pai do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), nas investigações.

Segundo fontes que acompanham as investigações, já foi possível conseguir mapear a distribuição de tarefas e o fluxo de dinheiro entre os suspeitos, inclusive o ex-presidente.

Esse mapeamento contou com o apoio de Mauro Cid, que decidiu colaborar com as investigações em diferentes frentes e em depoimentos filmados, como o blog revelou. Cid contou à PF que a movimentação financeira envolvendo Bolsonaro teria em Miami como uma das bases.

Foi lá que, segundo a PF, parte dos presentes oficiais recebidos por autoridades do governo brasileiro foram vendidos irregularmente. É lá, também, que morava o general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid, e suspeito de participar do esquema.

A PF, agora, busca intensificar a colaboração do general da reserva Mauro César Lourena Cid enquanto, ao mesmo tempo, checa informações prestadas pelo filho para, por fim, formalizar um acordo de delação premiada. Ao blog da Julia Duailibi, o advogado Cezar Bittencour disse que deve decidir na semana que vem se fará ou não uma delação.

Com a delação, Cid pode obter mais vantagens judiciais, mas precisa entregar os outros envolvidos.

O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, afirmou que as movimentações financeiras no exterior se referem a proventos recebidos pelo militar. Em relação ao que pode envolver Bolsonaro, Bittencourt esclarece que se trata apenas ao valor do relógio Rolex.

Gabinete do ódio

Além dos casos das joias, investigadores relatam que Mauro Cid também está contando como funcionava o gabinete do ódio e as estratégias dos integrantes desse grupo na disseminação de notícias falsas sobre o sistema eleitoral.

Em outra frente, a Polícia Federal tem contado com colaboração de integrantes da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério da Justiça para investigar a atuação de Silvinei Vasques e Anderson Torres na interferência na movimentação de eleitores no 2º turno da eleição de 2022.

Esses depoimentos têm complicado a situação jurídica de Vasques e Torres.

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