O governo de São Paulo anunciou a retomada das obras da Linha 17-Ouro do Metrô, que ligará a região do aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, ao Morumbi.
A construção do monotrilho, que já se prolonga há 12 anos, ganhou um novo prazo de conclusão: primeiro semestre de 2025, com início das operações previsto para 2026.
A empresa escolhida para dar continuidade às obras foi a Agis Construção S.A, que participou da licitação realizada em 2019, na qual o Consórcio CMO se saiu vencedor.
O contrato foi assinado com o Metrô pelo valor de R$ 847 milhões — quantia já corrigida pela inflação da oferta original feita quatro anos atrás.
Em maio deste ano, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que haviam três alternativas para seguir com as obras:
Convocar o próximo [terceiro] colocado da licitação;
Realizar um novo processo licitatório;
Passar a concessão da Linha 17 para a ViaMobilidade, em um contrato adicional ao da Linha 5-Lilás, uma vez que ambas as licitações ocorreram na mesma época.
Segundo o Metrô, a alternativa escolhida se mostrou mais vantajosa quanto ao interesse público, considerando os fatores segurança jurídica e celeridade dos trabalhos.
Uma nova licitação levaria mais tempo. E a terceira opção também tinha implicações, uma vez que a ViaMobilidade é alvo de investigação do Ministério Público por falhas na prestação de serviço das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.
“Não é momento para qualquer celebração porque a sociedade aguarda esta entrega há uma década. É tempo de continuarmos adotando as medidas que a legislação exige, por meio de punição a eventuais condutas das empresas que não cumprem seu compromisso com a população, além de dar as condições necessárias para que a obra seja finalizada pela nova contratada. O conturbado histórico desta obra da Linha 17 exige mais trabalho e menos palavras”, diz Júlio Castiglioni, presidente do Metrô que assumiu o cargo em abril deste ano.