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JB pode cancelar ida à Fiesp

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O presidente Jair Bolsonaro foi aconselhado por interlocutores a cancelar a ida à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) no próximo dia 11.

Está previsto para o dia 11 um evento da entidade com candidatos à Presidência da República. No evento, eles serão convidados a assinar o manifesto da entidade em defesa da democracia.

Segundo interlocutores, a reunião na Fiesp pode se transformar em um “constrangimento” para o presidente, já que ele tem criticado as cartas em defesa da democracia. Além disso, há um receio de que Bolsonaro seja alvo de protestos em São Paulo no dia 11.

Bolsonaro voltou criticar os manifestos em defesa da democracia. Questionado se assinaria a carta elaborada pela Fiesp, o presidente não confirmou e criticou a iniciativa: “Essa carta é política, não preciso dizer se sou democrático ou não.”

Bolsonaro havia confirmado presença e solicitado que a data fosse antecipada para 11 de agosto, no mesmo dia em que a Faculdade de Direito da USP e a Fiesp programaram a divulgação oficial dos manifestos. Agora, uma ala do governo está aconselhando que ele cancele a ida ao evento da Fiesp, que já ouviu três candidatos à Presidência.

Já estiveram na entidade e assinaram o documento da entidade os candidatos Felipe D´Ávila (Novo), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). A presença de Lula (PT) está agendada para o dia 9. O evento é intitulado “Diretrizes Prioritárias – Governo Federal 2023-2026”.
A atuação de Josué Gomes

O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar, decidiu lançar o documento e submeteu a ideia à diretoria da entidade, obtendo o apoio dos colegas, sem que ninguém se colocasse contra, apesar de na federação haver empresários que apoiam o presidente.

A interlocutores, Josué Gomes tem insistido que o documento da entidade não é um ato político contra o presidente da República, mas, sim, uma defesa da democracia e do fortalecimento das instituições democráticas brasileiras.

Em entrevistas, Bolsonaro classificou os manifestos de “cartinha” e chegou a citar o nome do presidente da Fiesp. “Eu não entendi essa nota, que foi patrocinada pelo querido filho do vice do ex-presidente Lula, seu Josué Gomes da Silva. É uma nota política em ano eleitoral”, afirmou.

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