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Lula diz estar ‘doido’ para fechar acordo UE-Mercosul

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O presidente Lula (PT) demonstrou vontade de fechar o  acordo entre União Europeia e Mercosul durante encontro com o presidente francês Emmanuel Macron e dezenas de chefes de Estado, na cerimônia de encerramento da Cúpula do Novo Pacto Financeiro, que acontece em Paris desde quinta-feira (22).

“Estou doido para fazer um acordo com a União Europeia. Não é possível a carta adicional que foi feita pela União Europeia. Vamos mandar resposta, mas é preciso que comecemos a discutir”, disse. 

Lula, no entanto,  voltou a criticar as exigências da União Europeia com o agronegócio brasileiro. “Não é possível que haja uma carta adicional fazendo ameaças a parceiro estratégico”, reclamou Lula.

Ainda assim, não deixou de elogiar a instituição, classificando-a como “um patrimônio democrático para a humanidade depois de duas guerras”.

O presidente afirmou que a questão climática, valorizada pelos europeus, deve andar ao lado do combate à desigualdade. 

“Não é possível que, em um encontro com líderes mundiais, a palavra desigualdade não apareceu”, afirmou. “Junto da questão climática, temos que colocar a desigualdade. Salarial, de raça, de gênero, de saúde”, completou Lula.

Sobre a cobrança da Europa para que os produtores brasileiros cumpram o acordo de Paris, caso contrário seriam punidos, Lula questionou:

“Vamos ser francos: quem aqui cumpriu [o Protocolo de] Kyoto? [A decisão de] Copenhague, COP21? [O Acordo de] Paris?”.

“Se não discutir a desigualdade com igual prioridade à questão climática, podemos ter um clima muito bom e o povo morrendo de fome em vários países”, afirmou.

Lula também relembrou seu primeiro mandato e disse que precisa retomar políticas implementadas na época, principalmente, como foco no combate à fome. 

“Vamos acabar com a fome. [a ex-presidente] Dilma [Rousseff] sabe que podemos. Agora ela pode preparar a caneta para assinar uns empréstimos, para o Brasil e para os países mais pobres”, afirmou.

Por fim, Lula voltou a defender moedas para o comércio internacional que tornem os países independentes do dólar —”por que preciso do dólar para negociar com a Argentina, com a China?”.

 

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