O grupo responsável pela pré-campanha de Jair Bolsonaro (PL) vê o encontro do presidente com o bilionário Elon Musk como oportunidade de virar a chave após semana vista por eles como desastrosa na busca da reeleição.
Bolsonaro tem afinidade ideológica com bilionário. Ambos são críticos a regulação e a qualquer tipo de moderação de conteúdo nas redes sociais.
Tanto é que bolsonaristas comemoraram quando Musk anunciou a compra do Twitter – transação ainda não concretizada – e indicou que pretende atenuar a moderação de conteúdo na rede.
Nesse sentido, Musk chegou a declarar na semana passada que reativaria na rede social a conta do ex-presidente norte-americano Donald Trump, inspiração de Bolsonaro. Trump foi banido permanentemente do Twitter por incitação à violência em decorrência da invasão ao Capitólio, estimulada por ele após ser derrotado nas urnas por Joe Biden.
O desastre visto pelo grupo político próximo ao presidente brasileiro foi a retomada de ataques ao STF – entre eles uma queixa-crime frustrada apresentada contra Alexandre de Moraes. Além de não ter êxito, Bolsonaro terminou a semana tendo que apertar, a contra gosto, a mão de Moraes.
Oficialmente, o encontro entre Musk e Bolsonaro é para discutir conectividade e proteção da Amazônia – o meio ambiente é outro dos pontos fracos de Bolsonaro para a disputa de outubro.