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Pedido da PF ao Supremo para investigar ‘orçamento secreto’ gera desconfiança na base

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Nos últimos dias, aumentou o clima de desconfiança na base governista depois da formalização feita pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar irregularidades nas chamadas emendas de relator, que ficaram conhecidas como “orçamento secreto”.

Na avaliação de governistas, o movimento do Congresso de só liberar a transparência das emendas de relator a partir do próximo Orçamento – contrariando decisão do STF que determinou transparência total – também tem como objetivo blindar os parlamentares dessa investigação da CGU/PF.

A investigação começou a ser feita por iniciativa da Controladoria-Geral da União (CGU), depois de denúncias de superfaturamento de preços em convênios e licitações nas emendas dessa rubrica do orçamento, a RP-9.

Entenda por que as emendas de relator são chamadas de 'orçamento secreto'

Parlamentares reconhecem que se essa investigação for aprofundada terá um potencial explosivo. Em maio, reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” que revelou o “orçamento secreto” também apontava que parte das verbas das emendas de relator foram usados para comprar tratores com valores superfaturados.

“Desde que a investigação foi revelada, um clima de desconfiança tomou conta da base aliada. Até porque essa investigação está sendo tocada pelo governo. Ao deixar a base com a faca no pescoço, o governo Bolsonaro limita a força de [o presidente da Câmara, deputado Arthur] Lira”, resumiu um experiente deputado do Centrão.

A investigação das emendas de relator foi revelada pelo próprio ministro Wagner Rosário, da CGU, em audiência no início de outubro na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Mas o clima de apreensão tomou conta da base aliada depois da formalização da investigação feita pela PF ao STF.

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