A deputada federal Carla Zambelli (PSL) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), bateram boca na inauguração de um conjunto habitacional na Zona Leste da capital paulista, financiado pelos governos federal e estadual.
Na discussão, Doria chamou o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), de “genocida”.
A deputada fazia um pronunciamento em que dizia que Bolsonaro “não destruiu empregos” e provocou a ira de Doria, que afirmou que o presidente “destruiu vidas”.
“Bolsonaro não fechou comércios. Bolsonaro não decretou lockdown. Bolsonaro não fez toque de recolher e também não destruiu empregos”, falou Zambelli em pronunciamento, sendo interrompida por Doria.
“Ele destruiu vidas, destruiu com vidas!”. “Genocida!”, afirmou Doria, seguido de aplausos e vaias à deputada por parte da plateia.
Zambelli retrucou, afirmando que Doria deveria permitir que ela terminasse a fala antes de se pronunciar, e que era “natural” uma intervenção por parte de quem, disse ela, “já mandou eu engraxar botas de militares”.
Por fim, a deputada acrescentou que engraxava ela própria a bota do marido, que também é militar.
Nas redes sociais, eleitores de ambos começaram uma discussão sobre o caso, afirmando que a deputada havia se aproveitado da questão do feminismo para retrucar Doria e pedir silêncio enquanto falava.
Doria e Zambelli participaram da entrega de 413 apartamentos em dois conjuntos populacionais no Itaim Paulista, na Zona Leste de São Paulo. A construção foi feita com orçamento das Secretaria de Estado da Habitação de São Paulo, a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Prefeitura de São Paulo.
O projeto é coordenado pelo Ministério de Desenvolvimento Regional e o evento teve a presença do ministro, Rogério Marinho.
No Twitter, após o evento, Zambelli afirmou que “Doria interrompeu” seu discurso e “gritou feito louco”.