A Petrobras informou que estendeu o prazo, que terminaria hoje, para interessados participarem nos processos de venda de três refinarias: a Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco; a Presidente Getulio Vargas (Repar), no Paraná; e a Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, bem como os ativos logísticos integrados a essas refinarias.
Segundo a estatal, os potenciais compradores agora terão até 29 de julho de 2022 para manifestar interesse em participar dos processos de venda, devendo assinar o Acordo de Confidencialidade e a Declaração de Conformidade até 12 de agosto de 2022.
Segundo fontes, tem sido escasso o interesse pelas refinarias, com poucas ofertas ou a preços considerados baixos. Analistas avaliam que as tentativas do governo de Jair Bolsonaro de fazer ingerência política na estatal, além das pressões por controle de preços nos combustíveis, afastam os investidores.
Além disso, o troca-troca no comando da estatal dificulta o processo de venda. E, com a perspectiva de que haja uma nova mudança na diretoria da empresa, há quem acredite em novos atrasos.
O processo de venda dessas unidades estava parado desde 2021, após o baixo interesse das empresas pelos ativos. O plano de desinvestimento em refino da Petrobras representa, aproximadamente, 50% da capacidade de refino nacional, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado.
Das oito unidades colocadas à venda, metade ainda não saiu do papel. A refinaria da Bahia, que responde por cerca de 10% da capacidade de refino do país, foi a maior já vendida, para o fundo árabe Mubadala.