A invasão da Rússia na Ucrânia trouxe graves consequências para a carreira de Nikita Mazepin. O jovem russo perdeu sua vaga na Fórmula 1 na Haas quando a equipe americana decidiu cortar quaisquer vínculos com seu país e o conflito. Além do piloto, o time comandado por Gunther Steiner também rescindiu o contrato com a Uralkali, empresa de fertilizantes do pai de Nikita, Dmitry, que tem ligações com o presidente russo Vladimir Putin.
Mazepin não ficou nada contente com a decisão da Haas. Sua família e a equipe americana travam agora uma batalha por conta do dinheiro de patrocínio que já havia sido pago. Mesmo com todo o cenário desfavorável, Nikita ainda sonha com uma volta à Fórmula 1, mas também revela um plano B ambicioso: o de correr no rali Dakar.
“Minha carreira está agora em um hiato. Mas eu estive envolvido com o esporte a motor por 18 anos e não tenho nenhuma intenção de abandoná-lo. Eu vou me manter em forma e espero retornar para a Fórmula 1. Se não der certo, vou considerar outras opções. Por exemplo, eu tenho interesse em correr no deserto. O [rali] Dakar é algo possível, assim como o rali Silk Way”, afirmou Nikita Mazepin à agência de notícias russa Ria Novosti.
Carro da Haas tinha as cores da bandeira russa (Foto: Haas)
O rali Dakar seria um mundo totalmente novo para Mazepin, que não tem experiência neste tipo de competição. Depois de ver seu mundo virar de ponta cabeça no início de 2022, o jovem russo de 23 anos espera que a próxima grande mudança em sua vida seja positiva.
“Minha vida mudou drasticamente em um mês. Estou pensando em participar de algumas competições na Rússia. Contudo, tudo na vida, mesmo as coisas ruins, tem um começo e um fim. Eu espero que tenha uma nova mudança nova em breve, dessa vez positiva, na minha vida e carreira”, disse Nikita.
Para o lugar de Mazepin, a Haas trouxe de volta o dinamarquês Kevin Magnussen. A Fórmula 1 retorna no dia 24 de abril, para o GP de Ímola.
