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Petróleo chega perto de US$ 140 com temores de proibição de petróleo russo

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O preço do petróleo chegou a encostar em US$ 140 nos mercados internacionais, depois que a Casa Branca afirmou que estava discutindo com outros países uma proibição da importação de petróleo russo.

"Estamos agora em discussões muito ativas com nossos parceiros europeus sobre a proibição da importação de petróleo russo para nossos países, enquanto, é claro, ao mesmo tempo,mantemos um fornecimento global estável de petróleo", disse Antony Blinken, secretário do Estado dos Estados Unidos, em entrevista à NBC.

O preço do barril do tipo Brent, referência internacional, saltou 18% e chegou a ultrapassar US$ 139 nos primeiros negócios, atingindo seu nível mais alto desde 2008, muito perto do recorde absoluto de US$ 147,50 de julho de 2008.

Com o salto desta segunda, o Brent chegou a um aumento de cerca de 30% desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.

Por volta das 12h30 (horário de Brasília), porém, o Brent avançava 4,39% a US$ 123,29. Já o WTI subia 2,81%, a US$ 118,93.

Na semana passada, o Brent de referência subiu 21% ao fechar a US$ 118,11 o barril e o petróleo dos EUA subiu 26%, fechando em US$ 115,68.

Analistas do Bank of America disseram que, se a maior parte das exportações de petróleo da Rússia fosse cortada, poderia haver um déficit de 5 milhões de barris por dia (bpd) ou mais, e isso significa que os preços do petróleo poderiam atingir os 200 dólares.

A Rússia é o principal exportador mundial de petróleo e produtos petrolíferos combinados, com exportações de cerca de 7 milhões de bpd, ou 7% do fornecimento global. Alguns volumes das exportações de petróleo do Cazaquistão a partir de portos russos também enfrentariam complicações, destaca a Reuters.

O ouro – um valor refúgio em períodos de incerteza – superou por alguns minutos a marca de 2.000 dólares a onça (28 gramas). Já o euro ampliou a sua queda, atingindo a paridade com o franco suíço, um porto seguro, enquanto as ‘commodities’ de uma maneira geral seguiam em alta.

Bolsas em queda

As ações europeias atingiram mínimas de um ano na segunda-feira. O DAX alemão chegou a cair quase 4%, com o índice a perder mais de 20% face ao recorde de fecho a 5 de janeiro.

Por volta das 12h30h, a bolsa de Frankfurt caía 1,21%, a de Paris, 0,54%, e a de Madrid, 0,43%. Já a bolsa de Londres tinha alta de 0,03%.

Nos EUA, os futuros dos índices acionários de Wall Street recuavam acima de 1%,

A bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira em queda de 2,9%. Na China, as ações fecharam em uma mínima de 20 meses. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 3,19%, nível mais baixo desde 2 de julho de 2020. O índice de Xangai teve queda de 2,17%.

“Se o Ocidente cortar a maior parte das exportações de energia da Rússia, seria um grande choque para os mercados globais”, disse o economista-chefe do BofA, Ethan Harris.

Rublo renova mínima recorde

O rublo russo caiu a nova mínima recorde nesta segunda-feira nas negociações internacionais, com os mercados locais fechados até pelo menos quarta-feira. As negociações na bolsa MOEX de Moscou ficarão fechadas até quarta-feira devido a um feriado bancário.

O rublo enfraqueceu a 133,5 por dólar depois de ter fechado a 121,037 na sexta-feira, segundo dados da Refinitiv. Na plataforma de negociações EBS, o rublo chegou a cair a 141 por dólar.

O rublo perdeu mais de 40% de seu valor contra o dólar desde o início do ano, com as perdas acelerando com força desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando sanções do Ocidente.

O último dia de negociações da bolsa de Moscou foi em 25 de fevereiro .

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